sábado, 21 de maio de 2011

SOBRE A EXPERIÊNCIA TEST NO MUSEU DA IMAGEM E DO SOM EM SP

SOBRE O "NÃO SHOW" NO MIS
Trechos do manifesto A VERDADE DO CASO MIS distribuido pela banda no dia do "não show":

Em fevereiro de 2011 ocorreu o primeiro contato a respeito da possiblidade do TEST fazer um show no MIS (Museu da Imagem e do Som) em São Paulo. O que foi confirmado em março último.

A partir da confirmação, foi concebida a idéia do show, de maneira a utilizar a infra-estrutura do MIS e pré-requisitos obrigatórios de áudio e vídeo do museu para fazer uma apresentação diferente e inusitada.

Foi iniciada a produção de um filme média-metragem de 40 minutos que acompanharia a banda tocando ao vivo. Para fazer o filme foram mobilizadas 18 pessoas, em especial 2 diretores-editores. O orçamento do filme seria maior que o arrecadado pelo show, mesmo com a boa vontade dos envolvidos e com pouca ajuda de divulgação da instituição, o evento foi apenas citado no site do MIS e depois apagado. Toda a divulgação foi feita pela banda e produtor envolvido.

Na 2ª feira, 16 de Maio, o MIS foi comunicado que a direção do museu mudaria, e todos os eventos confirmados seriam cancelados. A mudança na direção veio junto com um corte de 25% do orçamento aprovado pelo secretário de estado da cultura de São Paulo, Andrea Matarazzo. A verba do museu foi cortada de 12 milhões de reais por ano para 9 milhões. 12 milhões por ano significam 1 milhão por mês em verba bruta, fora o dinheiro arrecadado pelo aluguel do espaço para eventos particulares quando não há eventos do museu, porém quem decide as datas é a mesma organização que controla as finanças, a Associação de Amigos do Paço das Artes. Amigos? De quem?

Na quinta-feira, 19 de Maio, 2 dias antes do show, o produtor foi avisado em um telefonema que o show não ocorreria.

Buscando esclarecimentos, a banda foi pessoalmente ao MIS e foi recebida em reunião por Selim Harari (conhecido como Soly), da diretoria vigente. La foram informados que não havia nada que pudesse ser feito para reverter a situação e que o show já havia sido substituído por um festival de filmes de acordo com “ordens superiores”. Ainda por cima a banda seria totalmente responsável pela divulgação do cancelamento do show, ou seja desfazer um trabalho de dois meses em dois dias.



SOBRE A APRESENTAÇÃO NA PORTA DO MIS

Não é novidade que espaço para o TEST se apresentar (ou a falta dele) não é empecilho para a realização de seus shows. Dessa vez não foi diferente.
TEST: projeção do curta em frente ao MIS

O TEST armou sua parafernália em frente ao Museu da Imagem e do Som em SP, onde exibiu seu curta metragem produzido especialmente para o evento.

O curta conta a história de um grindeiro pai de família que se vê em crise de identidade, numa verdadeira egotrip-metal-nacional.
Público assiste ao curta (o TEST está atrás da tela)

A banda estrategicamente posicionada atrás da tela foi responsável pela trilha sonora [expressão cinéfila wannabe]da fita[/expressão cinéfila wannabe], com seu repertório baseado em seus dois EPs (Jesus Doom e Carne Humana) numa velocidade duas, talvez três vezes maior do que o registro de estúdio. Talvez seja culpa da adrenalina resultante pela apreensão de receber uma visita da polícia de SP, que estava num dia especialmente inspirado. O que felizmente, não aconteceu.
TEST no MIS: Ficou gente do lado de fora.

Após o filme, a banda ainda tocou duas músicas antes de mandar a direção do MIS tomar no cu.




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