segunda-feira, 1 de outubro de 2012

JAIR NAVES: RESENHAS E ENTREVISTAS


Ainda estamos surpresos com a recepção calorosa que "E Você Se Sente Numa Cela Escura, Planejando a Sua Fuga, Cavando O Chão Com As Próprias Unhas", disco de Jair Naves tem recebido.

O clipe de "Pronto pra Morrer (o poder de uma mentira dita mil vezes)" já está no ar na MTV, e aproveitamos para juntar tudo o que saiu sobre o disco nesse post para te ajudar a compreender o álbum!

Se você fez uma resenha/entrevista que não está nesse post, por favor nos envie o link para adicionar! 

Folha de São Paulo: 31/10/2012


 Metro News: 29/10/2012

"O mineiro Jair Naves fez do cenário alternativo de São Paulo a sua casa. Em 2000, gravou o baixo em algumas faixas do disco Cobaia, último CD de uma entidade do rock paulistano chamada Okotô, liderado por Cherry Taketani. No ano seguinte fundou o Ludovic, que fez história no underground com seu "pós-hardcore pé-de-cana" único na cena da cidade, com quem lançou os excelentes Servil (2004) e Idioma Morto (2006). Com o fim da banda em 2008, passou dois anos se preparando para tornar-se o único artista solo a emergir do circuito pós-punk da capital paulista e caiu na estrada para mostrar sua evolução como letrista, cantor e compositor.
Depois de lançar o elogiadíssimo EP Araguari em 2010, seguido por um compacto com as faixas "Um passo por vez" e "Minha cúmplice, minha irmã, minha amante" no ano passado, Jair fecha 2012 lançando seu primeiro álbum solo propriamente dito e o faz com um disco de nome praticamente imemorizável: E você se sente numa cela escura, planejando a sua fuga, cavando o chão com as próprias unhas, disponível para download gratuito no Bandcamp."


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"Se o Ludovic tivesse lançado um terceiro disco, fatalmente ia ter ainda mais coisas nessa onda. Talvez até tivesse um pouco a ver com o EP, não sei. Foi uma coisa natural, que já vinha acontecendo. Com o fim da banda e o início de uma nova etapa, eu acabei acentuando isso."
Entrevista ao Altnewspaper
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"Das muitas qualidades do trabalho, alguns versos saltam aos ouvidos desde a primeira audição. São pequenas histórias cheias de rimas com reflexões, recados, pedidos e desabafos que sabem mexer com o ouvinte, até com aquele que não se identificar com a música em questão - mas é difícil não se encontrar nas letras de Jair."
André Felipe de Medeiros - Monkeybuzz
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"Qual o último álbum brasileiro você ouviu dotado de uma honestidade crua e poderosa? Não as belas dores blasés do rock nacional de barba e camisa listrada ou bandas/cantores em busca de voos nostálgicos ou tentativas de emularem o ‘som do momento’. Um conjunto de canções com a força e a sinceridade - ainda que em outro caminho musical - de um Fagner do final dos 70 ou de um Belchior em Coração Selvagem?"
Ricardo Pereira - Talk About the Passion
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"Jair não é um dos melhores compositores de sua geração por acaso. Com uma fórmula rítmica diferenciada e uma inigualável voz grave, ele canta desamores e o fundo do poço como poucos."
Pedro Antunes - Rolling Stone 

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"Sem clichês, a musicalidade varia e passeia entre violões, acordeão, guitarras sem distorção e baterias quebradas, tudo fazendo cama para letras longas, algumas quase declamadas. Cacife pra isso, boa parte delas tem.
Mais uma vez Jair Naves surpreende, sobe mais alguns degraus em sua musicalidade e lirismo, sendo rebuscado a seu modo, punk como sempre foi."

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Wladmir Cruz - Zonapunk

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"Ícone da cena independente paulistana, Jair Naves lançou nesta semana um dos melhores discos do ano. Com o quilométrico título "E você se sente numa cela escura, planejando a sua fuga, cavando o chão com as próprias unhas", o álbum amplia as fronteiras do pós-punk para exaltar a vida, falando sobre preconceito, solidão, morte e angústia"
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Eduardo Rodrigues - Amplificador (O Globo) 

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"o que Jair Naves traz em seu primeiro álbum solo é som e fúria. não a fúria da postura combatente que disparava na Ludovic – antiga banda de Jair que deixou dois ótimos discos –, mas uma que é madura, shakesperiana e sem bundamolismo."

Jocê Rodriguez - Outros Criticos

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"Ao longo do disco, o (post)punk está ali implícito, assim como o folk e, posso estar errado, o bolero e até música regional. O final do “Lado B” do disco tem um pouco disso, “Covil de cobras”, “A meu ver” e “Eu Sonho Acordado” trazem carga sincera, poética e romântica. E Você Se Sente Numa Cela Escura, Planejando a Sua Fuga, Cavando o Chão com as Próprias Unhas é Jair Naves, bem acompanhado, e bruto. "

Ricardo Tibiu - Trama Virtual


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"Neste registro, o músico empunha suas guitarras para composições dolorosas, explorando questões existencialistas com letras que fogem de qualquer clichê – como essa: ‘Tão tarde fui dormir/Tão tarde acordei/O desapego em mente/E penso quem sou‘, como canta em “Vida com V Maiúsculo, Vida com V Minúsculo”."

Tiago Ferreira - Na mira do Groove
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URBANAQUE: Faixa-a-faixa do disco, por Jair Naves. 

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"Suas letras continuam tendo uma força incomum no cenário brasileiro. Não são tão diretas como na época do Ludovic, mas ainda soam complexas. “Continua sendo tudo muito pessoal, mas talvez não tão explícito mesmo”, ele comenta, e completa: “Busquei nas letras fazer a mesma coisa que a gente faz musicalmente, que é abrir o leque o máximo possível, e não fazer sempre a mesma abordagem”. E mesmo com o tom leve do disco, o músico não facilita: “Na hora de fazer música ou escolher algum clipe eu não escolho qual tem o refrão mais assobiável"

Entrevista a Elson Barbosa - Scream & Yell 

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"Sequência do EP Araguari (2010), o disco é uma obra “otimista” – nas palavras do próprio Jair – de um dos compositores e intérpretes mais autênticos e inquietos do sempre maltratado “rock nacional”."
Entrevista em duas partes concedida a Paulo Marcondes - Mais Soma
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Parte 1. Parte 2

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"Escutando pela primeira vez “E Você Se Sente Numa Cela Escura, Planejando A Sua Fuga, Cavando o Chão Com As Próprias Mãos” acreditamos, por um instante, estarmos presos nas correntes das memórias de Jair, o que é desmentido rapidamente e que mostra novos olhares do músico. O álbum é denso, mas foi preparado em caráter de urgência, exatamente para que esse olhar nostálgico não seja tão presente."

Eduardo Araújo - Rock n´ Beats

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Nessa edição de “Os Discos Da Vida”, Naves explica suas escolhas principalmente por conta das letras que mais o afetaram, e o faz de forma sanguínea, expondo-se como veias cortadas e saltitantes.

Dez discos – que poderiam ser vinte, trinta: uma amostra de suas preferências, com obras que reverenciam o olhar pra depressão, pra análise de vidas atormentadas, pras derrotas (amorosas ou não), pros percalços; e uma amostra de sua perspicaz maneira de tirar o melhor disso tudo, ao usar a explosão artística da melancolia e sagacidade dos seus ídolos como combustível pro seu próprio talento.

Ele poderia estar numa lista dessas.

Fernando Augusto Lopes - Floga-se
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"(...)também conhecido como o showman e compositor mais impressionante do cenário musical brasileiro nos últimos anos - opinião não só minha, mas de qualquer pessoa que tenha visto pelo menos uma apresentação do músico mineiro nos últimos dois anos, quando lançou 'Araguari', o EP que dava início a uma carreira solo surpreendente. "

Veracidade dos fatos

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"Num momento em que grandes nomes tocam bandolim em cerimônia de presidente americano pra vender pamonha ou, então, fazem pocket shows para lançar produto fetichista, a singularidade e sinceridade de Naves cai como uma luva, não apenas na frenética Pronto Para Morrer, clipada no último dia 11, como também nas demais faixas.
Roquenrou sincero e visceral."

Renatta Costa - Musicaos 


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"O álbum é tudo que eu imaginei, é um novo amigo. É o cara esquisito que se mudou pra minha rua usando uma camisa do Ramones. Um disco triste, desesperado, maduro, poético, raivoso, bonito, esperançoso e que ainda não consegui resumir como um todo."

Rodolfo Lima - Popfuzz

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"E “Pronto pra morrer” tem muito disso mesmo. Morando em São Paulo, seja em qual região for, mas creio que mais especificamente no centrão ou nas regiões mais periféricas, a cidade não te deixa esquecer do quão frágil a sua vida é. Você vê as pessoas acabando umas com as outras, sequestros relâmpago, pedintes a cada dois ou três metros, gente avançando com os carros em cima de todo mundo, motoqueiro morto na rua e o trânsito parado, todo mundo ficando embrutecido, sem se chocar com mais nada… você vê que essa mesma regra vale pra você, sabe?"

Entrevista Altnewspaper

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"E Você Se Sente Numa Cela Escura… talvez seja um desses trabalhos que você precisa de inúmeras audições até compreendê-lo, contudo, uma vez em sincronia com a mesma dor enaltecida por Naves, difícil querer ver apenas o lado bom e a felicidade até boba que flutua pelo mundo."

Cleber Facci - Miojo Indie

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"O sucessor de Araguari, “E Você Se Sente Numa Cela Escura, Planejando A Sua Fuga, Cavando O Chão Com As Próprias Unhas”, está por assim dizer poesia para os ouvindo e alimento para a alma. Desde a época de Ludovic, Jair Naves era assim. Na sua carreira solo não seria diferente. Continua passando lições de vida. E que continue passando essas tais lições, pois eu, assim como muitas pessoas estão aqui para recebe-las de braços, alma e ouvidos abertos."

Caio C - São Paulo não quer cinza

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"Naves é um poeta, no sentido mais cru da palavra: é um artista. E como artista tem a habilidade de exteriorizar seus sentimentos na forma de sua arte: a música. Conhecido por brincar com as palavras e contar histórias em suas letras, nesse álbum não seria diferente. A primeira faixa – uma das melhores do disco – “Pronto Pra Morrer ( O Poder de uma mentira dita mil vezes)”, nos insere numa atmosfera triste, de repressão e injustiça"

Diego Paulino  - Rádio UFSCAR

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Em uma primeira impressão, algumas músicas me pareceram ter uma “pegada” Ludovic, mas com uma letra mais parruda. Parece que os dois períodos da carreira de Jair Naves se encontraram ou se aproximaram de alguma forma, como se as obras de Ludovic tangenciassem “Araguari”. Para mim, um álbum que vale muito a pena de ser escutado. Se você nunca escutou nada de Jair Naves, esse é um bom começo.

Leandro Gel - O Pequi Mutante
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terça-feira, 18 de setembro de 2012

JAIR NAVES: "E VOCÊ SE SENTE NUMA CELA ESCURA, PLANEJANDO A SUA FUGA, CAVANDO CHÃO COM AS PRÓPRIAS UNHAS"


Liberado para download o primeiro álbum de Jair Naves, "E você se sente numa cela escura, planejando a sua fuga, cavando o chão com as próprias unhas".

Escute e baixe:


A versão física do disco sai em outubro via Travolta Discos e Popfuzz Records.

Assista o clipe de "Pronto pra morrer (o poder de uma mentira dita meil vezes)":